Há apenas seis exemplares no mundo do BMW Dixi
Ihle 1928 (Foto: Divulgação/Larissa Costa)
Transportado em partes para o Brasil por um imigrante alemão em 1932,
o raro exemplar do BMW Dixi Ihle 1928 só foi desencaixotado em julho do
ano passado e levou seis meses para ser montado. O calhambeque, único
exemplar no país e um dos seis que existem no mundo, participou de uma
corrida de carros antigos na manhã deste domingo (27) em Franca (SP). O
encontro reuniu mais de 60 amantes de automóveis.
“Até os colecionadores ficaram surpresos de ver um carro desses aqui,
com todas as peças originais. Quando soube da corrida, quis que ele
ficasse pronto a tempo. É uma boa oportunidade para resgatar o
antigomobilismo”, diz o proprietário, o publicitário André Barros, que
não revela quanto gastou pela raridade.
Barros conta que o calhambeque já passou por três donos desde que
chegou ao país de navio há 80 anos, mas nunca havia sido montado. Por
isso, o publicitário não consegue esconder a alegria de colocar em
funcionamento um carro tão antigo, principalmente por ser o primeiro
modelo no mundo a ter o para-choque arredondado.
“Comprei as peças dele há um ano e meio e agora ele finalmente voltou
a andar. Esse carro é um marco na história da BMW. Um dos exemplares
está no museu da empresa na Alemanha”, explica.
Corrida reuniu 60 calhambeques
fabricados até 1936 (Foto: Marina Sola/G1)
Segunda Raridade
Mas o Dixi Ihle não era o único veículo que o publicitário exibia com
orgulho durante o evento. O colecionador ainda levou para a corrida um
Renault NN Torpedo fabricado em 1924 que, de acordo com ele, também é
peça única no país.
“Gosto de coisas raras e exóticas, então comprei esse carro há uns
oito anos. Ele estava montado, mas não andava porque faltava uma peça.
Era pequena e fiz questão de comprar logo para vê-lo funcionando”, diz
Barros.
Coleção
Aos 31 anos, Barros afirma que herdou a paixão por automóveis antigos
do pai, que também colecionava calhambeques. A primeira raridade da
família foi comprada quando o publicitário tinha 11 anos. "A partir daí,
passei a me dedicar pelo hobbie aos finais de semana. Meu foco é
garantir que eles continuem rodando, afinal, são automóveis, não
autoparados”, brinca.
Atualmente, Barros diz ter uma coleção suficiente para abrir um
museu. Questionado, não revelou, mais uma vez, a quantidade de veículos
e o valor de cada um deles. "É uma questão de segurança. Mas a verdade é
que eles não têm preço, são peças únicas e de valor inestimável.”
Modelos levados pelo pulblicitário
André Barros são
únicos no país (Foto: Marina Sola/G1)
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