Rolls Royce 40/50 Phanton Continental foi usado pelo marajá conhecido como Estrela da Índia Por Marcos Camargo Jr.
Em 1934 o Marajá Rajkot encomendou um Rolls Royce sob medida para servir como seu carro de uso habitual, na região de Gujarat, às margens do rio Aji, na Índia. Este modelo é candidato ao posto de carro mais caro do mundo, e deve ser leiloado este ano, pela fortuna de R$ 26 milhões.
O carro do marajá foi customizado a partir de um Rolls Royce 40/50 hp Phanton Continental, com cores especiais e acessórios exclusivos.
Rajkot não queria cores sólidas como o vermelho vinho ou o tradicional preto. Por isso, viajou até a Inglaterra, e pediu que o automóvel fosse pintado na cor laranja (mesmo tom da bandeira do estado de Gujarat), com detalhes nos frisos e até nas rodas. Como era um apaixonado por automóveis - e podia pagar por suas extravagâncias - ele foi além. A parte dianteira e os para-lamas deveriam vir em alumínio polido, que brilharia sob o sol forte da região quase desértica onde ele vivia. O carro foi modificado pela Thrupp & Maberly, tradicional empresa britânica, que se encarregou da customização. Rajkot fechou negócio e deixou alguns encarregados para supervisionar o projeto na Inglaterra até que ficasse pronto.
Seus funcionários acompanharam o transporte do carro desde a fábrica da Rolls Royce em Goodwod, até o galpão da Thrupp & Maberly, em Londres, e lá se instalaram para supervisionar as atividades.
O motor no entanto, não foi modificado. O Rolls Royce vinha com propulsor de seis cilindros em linha, 7,7 litros e alto torque com funcionamento preciso, típico da marca inglesa.
Ao chegar em casa, após longa viagem de navio, o Rolls Royce do marajá recebeu alguns detalhes como emblemas oficiais e alguns frisos para complementar o visual.
Outros marajás também encomendavam suas obras de arte sobre rodas, em geral carros das marcas Bentley, Packard, Daimler e Rolls Royce. Os marajás Rewa, Orcha e Bharaptur, por exemplo, eram aficionados por automóveis de luxo. O tempo das extravagâncias automotivas já ficou para trás, mas a história destes carros é tão interessante que merece ser contada nos dias de hoje.
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