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Diretor restaura a série Vigilante Rodoviário

Diretor restaura a série Vigilante Rodoviário

O ator Carlos Miranda em sua Harley com Lobo, no seriado "Vigilante Rodoviário"

"De noite ou de dia, firme no volante, vai pela rodovia bravo vigilante." A música marcava o início de "O Vigilante Rodoviário", em março de 1961.

Também sinalizava o começo da produção nacional. Quase não havia telenovelas. A programação se baseava em enlatados, programas de auditório e de perguntas e respostas.

"Foi sofrido demais ser o pioneiro, fazer as pessoas acreditarem que ia dar certo", conta o diretor Ary Fernandes, que convenceu a patrocinadora Nestlé. O ator Carlos Miranda, 76, faz coro: "A maior dificuldade era não ter parâmetros".

E foi "fazendo um monte de besteiras" que Fernandes e o produtor Alfredo Palácios se "aventuraram" nos seriados. "Fomos motivo de piada por querermos criar um herói brasileiro. O pessoal debochava que ia virar um malandro", conta ele, aos 78 anos.

A ideia de defender a cultura nacional estava em sua cabeça desde criança, quando assistia a "Lanceiros de Bengala" e "Rin-Tin-Tin". "Achava estranho não ter nenhum nome brasileiro no elenco." A intenção aflorou após deslanchar a carreira.

O seriado, que no início se chamava "O Patrulheiro", chegou a estar presente em 80% das casas. "Era uma loucura. Todo mundo assistia. Naquela época, era tudo ou nada."

Daí o susto quando a concorrente Toddy lançou "Patrulheiros Toddy", imitando o nome do seriado. Fernandes pensou em processar a empresa, mas o patrocinador disse para trocar para "Vigilante" e "que o melhor ficaria no ar". "Até me deu dor de barriga. Mas vencemos."

Uma dificuldade superada entre outras tantas técnicas e financeiras. A viatura-símbolo da série, o Simca-Chambord 1959, era emprestada pela montadora. Nem havia instrutor para o cachorro Lobo. "Mas tudo bem, ele nasceu inteligente. Foi o maior ator da série e inclusive supria as falhas de alguns atores", exagera Miranda.

Um Carlos para o Carlos

O roteiro estava já delineado, mas o diretor não conseguia achar alguém para o inspetor Carlos. "Fizemos 60 testes."

Naquela época, Miranda era recém-formado e trabalhava de assistente de produção. "Como o cinema estava em crise, cozinhei muita macarronada para alimentar o pessoal desempregado", conta Fernandes.

Foi a mulher do diretor que teve a ideia de testar Miranda. "Quando vi ele fardado, terminei a busca. O nome igual foi apenas uma coincidência."

Ao final do programa, em 1962, o ator ingressou na Polícia Rodoviária, entrando no "Guinness" por ser o primeiro personagem a virar realidade. "O convívio foi tão intenso que resolvi virar policial. Me aposentei como tenente-coronel."

A caixa, com quatro DVDs, reúne 35 dos 38 episódios - três não puderam ser recuperados. Com narrativa simples, pouca violência e ingenuidade - crianças desarmam um bandido, o policial se defende com socos e pontapés - a série se mantém no ar no Canal Brasil, às segundas (20h30), terças (15h30) e domingos (11h).

Publicado em: 10/1/2010
Fonte: Folha de São Paulo

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