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Becker teria desviado mais do que R$ 63 milhões da Ulbra, diz PF

Becker teria desviado mais do que R$ 63 milhões da Ulbra, diz PFPor volta das seis horas de ontem, agentes da Polícia Federal e servidores da Receita Federal chegaram à cobertura do ex-reitor da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) Ruben Eugen Becker, em prédio no Centro de Canoas. Eles cumpriam dois mandados de busca e apreensão que lhes permitia entrar nos apartamentos de Becker e da filha dele, Ana Lúcia Becker Giacomazzi. Por quase seis horas, eles permaneceram nos imóveis. Ainda foram realizadas intimações judiciais simultâneas em Imbé, Gramado, Porto Alegre e Tramandaí. Becker e Ana Lúcia, mais o outro filho do ex-reitor, Leandro Becker, e outras 11 pessoas são investigados há sete meses por envolvimento em suposto esquema fraudulento contra a Ulbra. Segundo a PF, liderados por Becker e o filho, eles teriam desviado cerca de R$ 63 milhões da instituição. Mas a soma pode ser ainda maior.

A Operação Kollektor – que significa colecionador em alemão e faz referência à adoração de Becker por carros antigos – ainda inspecionou escritórios e residências de ex-diretores da Ulbra, advogados, empresários e contadores. Na ação, foram recolhidos documentos, contratos, cheques, HDs, CDs, pen drives, disquetes, notebooks, palmtops, celulares e R$ 120 mil. Entre os recursos desviados estariam verbas do Programa Universidade para Todos (ProUni) e do Financiamento Estudantil (Fies). "Hoje (ontem) fizemos a coleta de documentos e provas. Esta é apenas uma etapa", explica o superintendente da Polícia Federal, Ildo Gasparetto.

ABUSO - O advogado de Becker, Geraldo Moreira, acusou a Polícia Federal de abuso de autoridade e ingressou com queixa na Justiça Federal. "A família foi surpreendida pela ação violenta, desproporcional e sem sentido dos agentes." Moreira disse que os policiais quebraram a porta do apartamento da filha de Becker. Gasparetto negou abuso e violência.

Operação Kolektor

- Foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão nas cidades de Canoas, Imbé, Ivoti, Gramado, Porto Alegre e Tramandaí

- Participaram da ação 127 agentes da Polícia e 23 servidores da Receita Federal

- O objetivo da operação foi buscar documentos que comprovassem o desvio de recursos da Ulbra

- Além dos crimes referentes aos desvios de dinheiro da Ulbra, a operação investigou lavagem de dinheiro, ocultação de bens e valores, peculato, desvios de verbas do ProUni, fraude à execução, crimes tributários e previdenciários, formação de quadrilha, entre outros

- De acordo com o delegado federal Aldronei Rodrigues, os 14 alvos da operação podem responder por, pelo menos, oito crimes. Peculato, formação de quadrilha (art. 288), fraude à execução (artigo 179), estelionato, sonegação fiscal (lei 8.137/90), sonegação de contribuições previdenciárias (art.337), lavagem de dinheiro e ocultação de bens e valores fazem parte da lista pelos quais todos devem ser indiciados

- O inquérito não tem data para ser concluído, e a PF deve levar, no mínimo, um mês para verificar a documentação

- A Polícia Federal solicitou sete mandados de prisão temporária e preventiva, mas o pedido foi negado pelo juiz federal substituto Daniel Marchionatti Barbosa

"Ele vive com menos de R$ 1 mil por mês"

Durante o tempo em que agentes federais faziam a varredura nos apartamentos de Ruben Becker e da filha dele, o advogado da família conversou com a imprensa sobre a vida que o ex-reitor está levando desde que deixou o cargo na universidade, em 17 de abril. "Ele está vivendo da aposentadoria, que não chega a R$ 1 mil. Além disso, está vivendo essa perseguição constante."

De acordo com Moreira, não há provas contra Becker, que está com o patrimônio bloqueado. "Onde estão os documentos que comprovam os desvios que dizem que ele fez. Tudo o que tínhamos a mostrar está explicado na contabilidade", disse. O advogado não quis dizer de quanto é o patrimônio do ex-reitor. Ainda ontem, o defensor fez um requerimento informativo à Justiça Federal, sobre o que ocorreu na operação nos apartamentos da família. Também solicitou medidas correcionais junto à PF e pediu a restituição dos equipamentos quebrados. O juiz federal Guilherme Pinho Machado está impedido de se manifestar sobre este assunto.

No mês passado, visando à apuração e a responsabilização das dívidas tributárias, a Ulbra encaminhou outra ação à Justiça Federal de Canoas. Segundo nota do advogado Fábio Canazaro, responsável pela ação, ele protocolou o pedido para que seja verificada a "responsabilidade pessoal e exclusiva do ex-reitor, do ex-vice-reitor e do ex-responsável pela contabilidade da instituição".

O ESQUEMA

- As investigações da Polícia Federal, que começaram em junho, com apoio da Receita Federal e da Justiça Federal, resultaram em gravações telefônicas e documentos que comprovariam a fraude

- Com o material recolhido ontem, os policiais descobriram mais quatro empresas de consultoria fantasmas. Com essas, chegariam a 20 as firmas de fachada que emitiriam notas fiscais frias, uma vez que não prestavam os serviços contratados e recebiam em dinheiro. ‘‘São todas empresas inativas e sem registro na Receita Federal", frisa o superintendente da Receita Federal, Paulo Renato Silva da Paz.

- O superintendente da PF, Ildo Gasparetto, resume como primário o esquema liderado por Ruben Becker e Leandro. Todas as empresas estavam em nome de laranjas, entre eles contadores de Becker. "Por isso, com certeza, teria conivência da alta administração da Ulbra. O ex-reitor era o líder da quadrilha. Nada era feito sem o consentimento dele", dispara Gasparetto. Segundo ele, as ações do grupo se intensificaram nos últimos quatro anos. "A maior parte destas empresas foi criada entre 2005 e 2009", informa.
Publicado em: 10/12/2009
Fonte: Diariodecanoas.com.br

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