Conhea a Associo Clube do Carro Antigo do BrasilLogin




Carros inesquecíveis: Fiat 147

Carros inesquecíveis: Fiat 147

Confira o teste publicado pela revista Autoesporte, em 1976

Alguns anos após o início das obras da fábrica FIAT de Betim, em Minas Gerais, o primeiro carro nacional da marca foi apresentado aos jornalistas. Tendo como local a cidade histórica de Ouro Preto, membros da Imprensa especializada de todo o País puderam sentir as emoções de dirigir o Fiat 147, vindo até Belo Horizonte.

Mas para a AUTO ESPORTE, revista especializada, a Fiat fez um pouco mais: deixou lá seus novos veículos à disposição, para testes mais prolongados. Viemos com ele para S. Paulo, diretamente de Ouro Preto, experimentamos exaustivamente a nova máquina em todo o tipo de terreno, desde a estrada congestionada té a auto-estrada vazia. Da terra até os paralelepipedos. No Sol quente e na chuva. No trânsito impossível das grandes cidades. E, para fazermos jus à nossa especialização em automobilismo esportivo, andamos com o carrinho também em Interlagos, em regime de corridas.

Para o grande público que está curiosissimo a respeito do desempenho do Fiat brasileiro, procuramos relatar minuciosamente tudo quanto pudemos observar. Como veremos nas páginas a seguir, o carrinho—este é bem o termo para suas reduzidas dimensões externas — revoluciona os conceitos de automóvel, pelo menos em termos brasa sileiros. Suas dimensões internas são tão amplas, ou mais, do que as de muitos carros de tamanho e potência muito superiores. Resta ver se o brasileiro se adaptará com facilidade às suas caracteristicas.

Fiat 147

Estética - nota 8

Tudo no Fiat 147 tem de ser pesado com padrões relativos à sua classe de cilindrada (1.050 cc) e ao seu tamanho (3,62 m). Com tais limitações, acrescidas às limitações de preço (ainda não foi confirmado, no lançamento, mas deve girar em torno dos 45 mil cruzeiros), o Fiatzinho pode ser considerado um carro bonito, agradável à vista.

Suas linhas são angulares, com uma distribuição de volumes bem balanceada. Na parte frontal ressalta a grande área envidraçada, maior mesmo do que a grade dianteira, ladeada por dois faróis retangulares. Bastante simples, esta grade, que ostenta o logotipo FIAT. A placa dianteira parece enorme quando comparada à grade, pois ocupa uma área aproximada de 1/3 desta. Dois faroletes, também retangulares, completam este angulo de visão.

Lateralmente, o perfil lembra o de alguns automóveis americanos de alguns anos, em escala reduzida. Isto é uma consequência da amalgamação entre os estilos, americano e europeu, que aos poucos foram se influenciando mutuamente. O que mais chama a atenção do brasileiro, quando ele olha o carro de lado, é o tamanho reduzido das rodas, com pneus radiais do tamanho 145 SR 13. Há que se levar em consideração, entretanto, que esse tamanho de rodas e pneus é o mais apropriado as dimensões gerais do carro.

O ângulo traseiro talvez seja o menos favorável do conjunto, sem, contudo, ser feio. Como um carro utilitário, o Fiat 147 tem uma terceiera porta traseira, formando um ângulo obtuso com a parte final da carroceria, que se apresenta com aquilo que os italianos chamam de "coda tronca" ou traseira truncada, por razõs aerodinâmicas. Na verdade, achamos que o coeficiente de penetrabilidade aerodinâmica do carro deve ser bom e auxiliado pela sua exigua área frontal, proporciona um arrasto aerodinâmico pequeno, o que contribui para a economia .

No aspecto geral, o carro é pobre, sem cromados excessivos nem soluções estilísticas custosas. A pintura é bem feita, mas as sete cores apresentadas (Branco Alpi, Bege Sabbia, Amarelo Maremma, Azul Laguna, Azul Notte, Verme!ho Vulcano e Vermelho Romano) não são muito marcantes. O carro testado é Vermelho Romano, em nossa opinião a tonalidade que cai melhor, entre as oferecidas. São três os tons de estafamento: preto, abóbora e marrem, que também não oferecem muitas combinações possíveis.

Fiat 147

Tudo isto, porém, deve ser levado na devida consideração já mencionada, de que o carro é uma nova concepção de transporte urbano, principalmente tendo-se em vista um consumo global reduzido. A própria Fiat possui uma gama enorme de carros de luxo, que poderiam ter sido facilmente escolhidos para serem produzidos no Brasil.

Levando em conta todos os fatores, podemos afirnnar que o Fiat 147 é um carro bonito, que agrada esteticamente à primeira vista.

Funcionalidade - nota 9

Como funcionalidade é o forte da concepção italiana para o Fiat 147, teremos de usar parâmetros mais rígidos na sua análise. Quem compra um carro destes, pelo menos seu similar 127 na Itália, procura um meio de transporte capaz de atender suas necessidades mais comuns, quais sejam as de andar no transito urbano supercongestionado, com espaço interno suficiente para quatro passageiros mais bagagem, que não Ihes cause claustrofobia. Quer também maneabilidade sem problemas, pouco cansaço e um custo operacional baixo .

Acreditamos que o Fiat 147 proporciona tudo isto num alto grau, bem superior a todos os demais automóveis nacionais à venda no mercado. Há apenas uma ou outra pequena observação a fazer, como a proximidade das alavancas de comando de faróis e pisca-pisca, que faz o motorista trocar inadvertidamente suas mensagens. O limpador de pára-brisas, cujo comando à direita é bem posicionado, não dispõe de um temporizador. O painel à esquerda, onde ficam diversos comutadores, também causa alguma confusão. A caixa da roda dianteira, por outro lado, impede que o pé esquerdo do motorista fique numa posição menos cansativa. As travas dos bancos dianteiros obrigam o usuário a se abaixar para alcançá-las e os cintos de segurança abdominais têm sua fivela muito fora da posição normal, dificultando o seu uso. O levantador do vidro gira em sentido contrário ao usual.

Por outro lado, quase todo o resto é muito funcional: o espaço para se entrar e sair no carro, mesmo para pessoas de grande estatura é enorme. A posição do volante, num plano inclinado mais para horizontal do que vertical, se não facilita a direção esportiva, pelo menos permite o livre acesso das pernas.

Fiat 147

Os pedais suspensos e o acelerado ficam dispostos em posição cômoda, permitindo o “punta-taco”. Aliás, sendo manobra de origem italiana, pelo menos no nome, seria um absurdo que um Fiat não tivesse uma posição relativa entre freio e acelerador que a permitisse com facilidade...

A alavanca de cambio emerge do chão, entre os diminutos bancos dianteiros, ficando bem à mão do motorista. Devido ao seu tamanho (é bem alta), as mudanças não são tão precisas como gostaríamos e a marcha à ré precisa de uma pressão para baixo, coisa que acabou fazendo ficar na nossa mão “bolota” da alavanca. Ouandose acelera, tira o pé e volta a se acelerar, sente-se nitidamente um movimento de vai-e-vem da alavanca de cambio, que, também, gostaríamos que neo existisse.

A visibilidade é excelente e os limpadores varrem boa área. Dar marcha à ré é uma sopa e, no futuro, quem qual ser passar no exame de balisa parati rar carteira, se usar um 147 - terá um enorme “handicap”.

Publicado em: 8/12/2010
Fonte: Revistaautoesporte.globo.com

Compartilhe com seus amigos:

Voltar para Página Anterior:

134





Ônibus para Locação
Ônibus para Locação






Associe-se
Rede de Benefícios


Anuncie Grátis

Área do Anunciante
Classificados
Notícias
Eventos CCA
CCA na Mídia
Dúvidas e Sugestões
Veículos para Locação
Veículos Antigos Roubados
Indique

Facebook Clube do Carro Antigo

Siga-nos no Twitter

Manual do Del Rey 1983
Ford, Corcel 1, LDO, 1975, Marrom
Ford, 1929, 1929, Verde
Ford, Landau, 1982, Verde

Locação de veiculos antigos para eventos, publicidade, fotografia








----------------

Empresas Apoiadoras
Logos dos Apoiadores