Ser dono de um Volkswagen SP2 era um anseio cultivado desde a juventude pelo advogado Hércio Mendes. Quando ele encontrou o exemplar das fotos desta página, em 2006, decidiu comprá-lo na hora por causa das faixas nas laterais. “Não há como refazer essas peças de forma tão perfeita como as que saíram de fábrica, como é o caso das desse carro”, garante.
O painel inteiriço com duas cores também chamou a atenção de Mendes. “A maioria dos SP que eu vi apresentava algum desgaste na tonalidade do acabamento por causa da exposição ao sol. Este está perfeito.”
O esportivo, que pertencia a um colecionador, precisou de apenas retoques na funilaria e revisão mecânica para ficar em forma. As rodas também foram trocadas. “Ele estava com as da Brasília”, diz o advogado.

O motor 1.7 boxer de quatro cilindros, o mesmo usado pela Variant, gera cerca de 75 cv. O câmbio tem quatro marchas.
Mendes diz que participa periodicamente de eventos e que seu SP2 até foi premiado durante um encontro de antigos, em Santos, no litoral paulista. Isso foi em 2011.
História. O projeto do SP2 foi apresentado em 1972 com o nome SP. Essa versão não chegou a ganhar as ruas por causa do baixo desempenho do motor 1.6, de apenas 65 cv.
A segunda foi lançada no mesmo ano. Compartilhava a base, motor e câmbio com a Variant. De acordo com dados da VW, o SP2 acelera de 0 a 100 km/h em cerca de 17 segundos.

O painel do modelo tem dois tons de cor. No quadro de instrumentos há relógio, conta-giros e amperímetro.
Até 1975, quando saiu de linha, foram feitas pouco mais de 10 mil unidades. Entre os motivos para o fim do SP2 estavam o preço alto e o desempenho tímido, uma vez que seu maior rival, o Puma GTE, tinha mecânica similar, mas era bem mais leve.

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