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Passado continua bem presente nas ruas argentinas

Brasileiros que fazem turismo na Argentina voltam contando sobre as compras, a carne e a beleza européia de Buenos Aires. Muitos também ficam impressionados com a avançada idade da frota de automóveis em circulação. Entre carros recentes como Classic e Gol (atuais campeões de venda na Argentina), resistem modelos dos anos 60 e 70 pouco conhecidos no Brasil.


São carros que fizeram história nos tempos pré-Mercosul, quando quase não havia intercâmbio de produtos industrializados entre os dois países. Assim, as indústrias automobilísticas brasileira e argentina se desenvolveram com características próprias, sem muito contato uma com a outra, apesar da vizinhança.

Consultamos a Asociación de Fábrica de Automotores de Argentina (Adefa), bem como o órgão nacional de registro de veículos, mas não chegamos a um número preciso - apenas a dados aproximados que informam que a idade média da frota do país é de dez anos (contra nove anos, no Brasil).

Até os anos 80, carros argentinos nada tinham a ver com os do Brasil

Basta, contudo, um breve passeio para perceber que os dinossauros estão em todas as ruas. Aquele carro que parece abandonado ali junto ao meio-fio ainda está servindo fielmente a seu dono.

Heranças dos fartos anos 70
A história econômica do país é uma das explicações para o Jurassic Park automotivo:

- O início dos anos 70 foi muito bom para a indústria argentina. Em 1973, por exemplo, foram vendidos quase 400 mil automóveis e o país tinha 24 milhões de habitantes. Depois dessa boa fase, a Argentina não acompanhou mais o crescimento de outros países latino-americanos - explica Diego Speratti, um jornalista de Buenos Aires apaixonado por carros do passado.

Enquanto o Brasil teve uma explosão na produção de carros novos nos anos 90, com o incentivo à vendas de carros com motor "mil" e, depois, com facilidades de financiamento, a Argentina nunca teve um programa que, efetivamente, ajudasse a dar acesso a automóveis zero-quilômetro.

Na década de 90, os argentinos fizeram o Plan Canje, um plano de renovação de frota ao estilo convencional, em que o governo e as fábricas compravam carros antigos para mandar para o ferro-velho. O resultado, contudo, foi pífio.

Antigos nas ruas argentinas
- Foi uma medida isolada, para tentar frear a queda nas vendas. Muitos trocavam o calhambeque por um zero-quilômetro, mas a alegria durava pouco: diante da impossibilidade de manterem o carro novo, eles voltavam a comprar um velho - lembra o técnico de informática Iván Bernigaud, dono de um Citroën 3CV, ano 1970.

Outro "Citronero" justifica o amor pelos modelos antigos:

- Mesmo que tivesse mais dinheiro, continuaria com meu 3CV, de 1979. É econômico, não dá despesas, é fácil de manter, não paga impostos e tem seguro barato. Com ele já fui a quatro países. É o carro que sempre quis ter - conta o comerciante Walter Patrón.

Na Argentina, mais do que no Brasil, há fanáticos por mecânica e manutenção.

- Nos antigos, você abre o capô e pode trabalhar com espaço. Há também certas tolerâncias para adaptações. Se algo quebra, a reposição custa dois pesos - justifica o projetista Cristian González.

A explicação para a eternidade dos veículos passa ainda pela rede de estradas argentinas, muito bem conservada e cobrindo grandes distâncias. Assim, os velhos automóveis viram o hodômetro várias vezes e continuam rodando.

Há também a mentalidade conservadora, especialmente entre os argentinos do campo.

- É gente que ainda crê que o Falcon é o melhor automóvel que existe. O argumento é de que nunca quebram - diz Speratti.

Publicado em: 20/10/2009
Fonte: Oglobo.globo.com

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