O grande motor V8 de 6,2 litros e 450 cavalos de potência, a
velocidade final acima dos 300 km/h e a aceleração de 0 a 100 km/h
abaixo dos quatro segundos são apenas detalhes quando se tenta explicar
o estrondoso sucesso do novo Chevrolet Corvette no Salão de Detroit.
Trata-se da sétima geração do superesportivo americano que há exatos
60 anos reune uma legião de fãs ao redor do mundo. Por isso, vale a pena
conhecer um pouco mais da história deste ícone americano.
As primeiras unidades do Corvette saíram da linha de produção da
Chevrolet, em Flint, Michigan, em 1953, equipadas com motor seis
cilindros em V, de 3,8 litros e apenas 150 cavalos. Todas as unidades
vendidas naquele primeiro ano traziam carroceria branca e interior
vermelho (característica que ficou marcante dali adiante).
Apesar do desenho surpreender e cativar o público, o motor do
Corvette foi considerado fraco em uma sociedade americana acostumada com
os grandes V8. No ano de sua estreia foram vendidas apenas 300 unidades.
O modelo, que hoje é disputado a tapas por colecionadores, ficou
conhecido como C1. Somente em 1955, a primeira geração passou a ter
motor V8 de 4,3 litros e fez jus a sua fama de superesportivo.
Foram necessários dez anos para a Chevrolet lançar a segunda geração
do Corvette, a C2, mas a espera valeu a pena. A reforma do visual foi
profunda. O ícone ganhou a clássica versão Sting Ray, com o grande capô
para abrigar o V8 de até 360 cv, os faróis dianteiros escamoteáveis e a
janela traseira bipartida. Em 1963, o esportivo ganhou ainda uma versão
especial, a Z06, que melhorou a estabilidade e a potência do modelo.
A terceira geração do “Vette” chegou ao mercado americano em 1968
ainda mais musculosa. As maiores mudanças não ocorreram no visual e sim
embaixo do capô. Em 1971, o Corvette recebeu o maior bloco V8 do mundo.
Nada menos que um 7,4 litros capaz de gerar absurdos (para a época) 425
cavalos de potência. Foi também com o C3 que o Corvette fez a sua
estreia como Pace Car na famosa prova de Indianápolis.
Entre as principais inovações da quarta geração (C4), que foi lançada
em 1983, houve a introdução da célula de sobrevivência para aumentar a
segurança dos ocupantes. Já a C5 (de 1997) deixou de lado os
tradicionais faróis escamoteáveis. Para tentar aumentar as vendas do
esportivo, a Chevrolet lançou mão de diversas edições especiais. Entre
elas : a Z06 e a ZR1
A atual geração do Corvette no mercado (a C6) foi lançada em 2005. Em
2009, a marca apresentou o Vette mais potente da história, o ZR1, com
nada menos que 640 cavalos de potência em um bloco V8.
É difícil imaginar até onde a sétima geração do esportivo,
apresentada agora em Detroit, será capaz de chegar para manter a
tradição do Corvette. Boa notícia para os fãs do modelo.
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